4 anos de monitorando, 1000 posts e algumas histórias

Hoje, este espaço completa quatro anos de existência, sendo a metade deles no WordPress. Ao mesmo em que isso acontece, percebo que este é o milésimo post por aqui. Essas duas marcas ajudam a compor um momento especial para mim, pois é na condição de blogueiro que tenho tido a oportunidade de me comunicar com mais gente, conhecer outras realidades e ampliar o horizonte dos meus interesses.

Quem é blogueiro sabe que manter decentemente um espaço na internet é como ter uma microempresa, um pequeno filho ou mesmo um cachorro bem carente. Tem que alimentá-lo bem, zelar pela sua integridade, gerenciar com quem ele se relaciona, enfim, cuidar. Blogueiro não é quem cria, mas quem cuida, quem cultiva.

Refiro-me a blogueiros sem financiamento ou remuneração, como eu. No mundo do trabalho, chamariam de amadores, muito embora seja uma grande contradição alguém ser um blogueiro profissional. Os blogs e outras traquitanas tecnológicas pós-internet bagunçaram nossas noções mais primitivas de trabalho, de rotina produtiva, de fluxo informativo, de hierarquia no processo da comunicação, e por aí vai. O blogueiro se guia por uma ética hacker – na acepção de Pekka Himanen, o antropólogo que estudou as comunidades de nerds e constatou que “hacker” não é um palavrão. Em geral, blogueiros são diletantes, generosos, vivem em bandos, mesmo que separados por fios e distâncias abissais. Blogueiros não são seres tecnológicos, são pessoas que se valem da tecnologia para viver (ou quem sabe ser) melhor. Como o surfista que se aproveita da prancha para conhecer o mar…

Por isso, agradeço aos leitores deste espaço e principalmente aqueles que foram meus interlocutores, deixando comentários, indicando links, retificando equívocos… Desde maio de 2007, contabilizei aqui mais de 134 mil visitas, pouco se comparado aos campeões de audiência, mas muito aquém do eu jamais pudesse esperar. Ainda em termos estatísticos, o monitorando.wordpress registrou mais de 1500 comentários neste tempo. O dia em que tivemos mais visitas – 2146!! – foi o 26 de novembro de 2008, quando passei a deixar por aqui relatos das enchentes que destruíram boa parte do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, de onde irradiamos nosso sinal. Trágicos, aqueles dias de novembro mostraram – como com o Katrina, nos EUA – a força da blogosfera e o quanto a tecnologia pode ajudar a unir pessoas e vidas.

Com quatro anos de blog, tivemos alguns layouts, e só aqui no WordPress foram quatro até agora: NeoSapien, Digg 3 Column, Conections e Cutline. Porque mil posts são também uma marca, o Monitorando passa por mais uma cirurgia plástica e passa a adotar o template Freshy, de Jide.

Por isso, entre e fique à vontade. Obrigado pela sua sempre bem vinda visita. Se gostou, indique aos amigos. Se não gostou do blog, ótimo! Indique então aos inimigos…

13 comentários em “4 anos de monitorando, 1000 posts e algumas histórias

  1. Parabéns! Que bom que chegamos a tempo de passar pelo Monitorando e de fazer parte dessa história, para nós recente!

    Que venham os próximos oitenta! São os nossos votos,

    Rede Social Arca de Noé – http://arcadenoe.ning.com
    Rede PIÁ – http://redepia.ning.com
    Rede Social Projeto Agente da Paz – http://agentedapaz.ning.com
    Nos Bastidores da Notícia – http://www.nosbastidoresdanoticia.blog.br
    Central de Blogueiros – http://www.centraldeblogueiros.blog.br
    Instituto Areté – http://www.institutoarete.org
    Raciel Gonçalves Junior

  2. Obrigado, Yuri, volte sempre que quiser!

    Obrigado também, Gamela. Seu blog – mesmo em menos de dois anos – já é uma ótima referência para a área. Abraços.

  3. Parabéns pelo trabalho, companheiro. Boas reflexões sobre a arte do blog e a ética hacker. Muitíssimas vezes me questiono porque continuo a escrever, se dá tanto trabalho manter um blog – como você mesmo disse – com um tanto de decência (leia-se, assiduidade). É um exercício de generosidade, uma questão de amor mesmo, querer compartilhar o conhecimento. Mas também de vaidade, claro. Acho que o mais importante é lançar as garrafas e esperar que alguém as apanhe, em alguma praia de bits. Abraços.

    1. Falou e disse, meu chapa!
      Sigamos esvaziando as garrafas, recheando-as com outras mensagens e lançando ao mar. O visual da praia nos leva mais longe… abs, Zé Renato!

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